Consumo de calcário mostra importância da correção de acidez na produtividade

O levantamento anual do consumo de calcário no agronegócio do Brasil mostra o produtor rural agindo de forma conservadora. O consumo de um dos principais insumos de correção da acidez do solo vem praticamente se repetindo. Foram 59,6 milhões de toneladas no ano passado, ante 61,6 milhões em 2023.

As regiões com maior uso – como Mato Grosso e Goiás – seguem obtendo melhores resultados na produtividade das áreas plantadas. A avaliação é da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal). Porém, a estimativa é que o consumo mínimo deveria estar perto dos 80 milhões no país.

A elevação do consumo na aplicação de calcário também baixaria custos na lavoura. Em um planejamento com apoio técnico, o agricultor usaria calcário e depois o fertilizante. Assim, o fertilizante – que apresenta formulados com preços bem superiores ao calcário e atrelados ao dólar – teria melhor eficiência.

O estudo sobre o consumo é um dos instrumentos mais aguardados pelo mercado, pois define estratégias de ação no campo. “Esperávamos uma alta no consumo. Isso não se confirmou, mas seguimos na expectativa que nos próximos meses a quantidade aplicada seja pelo menos 10% maior do que no ano anterior”, afirma o presidente da Abracal, João Bellato Júnior.

A estimativa se baseia no período junho-outubro, que costuma ser o de maior consumo em grande parte do país. Porém, a busca por melhores resultados exige mais do agricultor. A instabilidade dos preços das commodities ainda está presente.

Resiliência das culturas na construção do perfil do solo

“A gente se acostumou a soja a R$ 198 a saca. Isso não se manteve, além do que nossos custos cresceram. Uma das alternativas para produzir mais é usar calcário incorporado ao solo”, diz Rodrigo Gazola, que planta soja e sorgo no município de Artur Nogueira (SP). 

O engenheiro agrônomo Jairo Hanasiro, especialista em fertilidade do solo, concorda com Gazola. “O agricultor está sendo chamado a ter maior eficiência. Estudos das principais universidades brasileiras mostram que a construção do perfil do solo em profundidade, abaixo da camada tradicional de 20 centímetros, tem apresentado melhores resultados”, afirma.

Hanasiro também chama a atenção para a questão da sustentabilidade, ao indicar os caminhos para maior produção e produtividade. “Há um cenário de extremos climáticos. Isso exige resiliência das culturas para os períodos de estiagem, conferido pela construção do perfil do solo em profundidade”, avalia. “As raízes se desenvolvem em profundidade e exploram um volume maior de solo, aproveitando melhor a adubação mineral e absorvendo mais água”.

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